Detido por policiais civis, na noite de terça-feira (15), por porte de cocaína, Roberto Cabrini, repórter da Record, escreveu uma carta de próprio punho, no 100º Distrito Policial (Jardim Herculano), em São Paulo, que foi entregue à imprensa. Nela, o jornalista se diz vítima de uma "armação".
Cabrini foi abordado em seu carro, na zona sul de São Paulo. Segundo o site G1, a polícia alega ter encontrado 10 papelotes de cocaína no porta-luvas do veículo do repórter.
Ainda segundo o site, o delegado seccional de Santo Amaro, Dejair Rodrigues, informou que o jornalista foi indiciado por tráfico de drogas.
A Record alegou, por meio de sua assessoria, que Cabrini fazia uma matéria investigativa sobre o tráfico de drogas, no momento da abordagem.
A princípio, informou que a equipe da emissora acompanhava o profissional e havia sido detida junto. Porém, a informação dada pela delegacia é de que apenas uma mulher estaria com Cabrini, no momento da abordagem policial, e ela também foi detida, sendo liberada por volta das 1h da madrugada desta quarta-feira (16).
Posteriormente, a emissora tomou conhecimento de que o jornalista trabalhava sozinho, sem câmeras ou motoristas e com o próprio carro.
Ainda segundo o G1, Cabrini, ao contrário da pessoa que foi autuada com ele, permaneceu detido, custodiado no 13º Distrito Policial (Casa Verde).
Comunicado Oficial
No início da tarde desta quarta-feira (16), a Rede Record emitiu um comunicado oficial sobre o caso. Leia na íntegra:
"Comunicado à Imprensa: Roberto Cabrini
A direção da Record determinou, logo que teve conhecimento sobre a detenção do repórter Roberto Cabrini, que o departamento jurídico da emissora acompanhe atentamente o caso e preste a assessoria necessária ao jornalista, para que o ocorrido seja esclarecido em breve.
A área de jornalismo da Record tinha o registro interno que o repórter estava desenvolvendo uma reportagem de caráter investigativo. Roberto Cabrini é reconhecido pela cobertura de reportagens especiais e por sua trajetória profissional nas principais tevês brasileiras.
A Record acredita na Polícia e na Justiça do Estado de São Paulo e espera a correta elucidação dos fatos.
São Paulo, 16 de abril de 2008.
Rede Record de Televisão"