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"Novela das 8 pode ser ruim, que garante ibope bom", diz Carolina Dieckmann

por jeferson, em 28/09/2008


Carolina Dieckmann encara uma novela das sete da Globo como uma espécie de gincana: qualquer lapso pode custar muitos pontos de audiência. Exatamente por isso, a intérprete da surfista romântica Suzana, de Três Irmãs, não hesita em afirmar que se sente mais segura quando entra no ar no horário nobre.
"Novela das oito pode ser ruim, que garante um Ibope bom. Existe um hábito. Às sete, não. Se em duas semanas não acontece nada demais, você perde quase dez pontos de audiência sem sentir", compara a atriz, que passou quase uma década marcando presença apenas no horário nobre da emissora, de 1998 a 2006.

Mesmo com o "frio na barriga" que assume sentir, Carolina tem um trunfo a mais nas mãos para motivá-la em Três Irmãs. A atriz nunca escondeu que prefere fazer heroínas românticas com características melosas e frágeis. O que faz de Suzana um prato cheio para suas habilidades cênicas.

"É o que mais adoro interpretar na televisão. Quanto mais doce e mais fofa a personagem for, melhor", assume.
Para garantir o tom de heroína da personagem, Carolina valoriza características da sinopse de Suzana. Das Três Irmãs, a surfista é a única adotada e não se sabe quem são seus pais biológicos. Além disso, Carolina garante que o triângulo entre Suzana, o namorado Xande, de Dudu Azevedo, e o surfista Eros, vivido por Paulo Vilhena, também ajuda na hora de trabalhar o perfil de heroína romântica.

"A escolha dela é entre a gratidão ao Xande, que se acidentou tentando salvá-la, ou a paixão arrebatadora e até meio adolescente que sente pelo surfista da revista", exemplifica.

O que poderia ser um problema na atual personagem, Carolina tira de letra. Suzana é bem mais nova que sua intérprete, uma diferença de quase dez anos. Mas a atriz aproveita sua convivência com os irmãos e o fato de ser mãe de dois meninos - Davi, 9 anos, e o caçula José, 1 ano - para se mostrar completamente "moleca" em cena.

"Sempre brinquei com os meninos e o ambiente na minha casa é de pura brincadeira mesmo. Tudo isso me deixa com um ar mais jovial", justifica ela, completando que chega a ouvir bronca do filho mais velho por isso. "Ele acha que eu me comporto como uma adolescente", comenta, às gargalhadas.

Para encarnar uma "rata de praia", Carolina contou com apenas duas aulas de um profissional de surfe e com seu olhar observador. Desde que foi escalada para o papel, a atriz presta atenção na forma como os surfistas seguram as pranchas, em como prendem o estrepe - aquela cordinha que mantém a prancha presa ao tornozelo - e até no jeito "posudo" com que saem do mar.

"Não precisei tanto de aulas porque contamos com a ajuda de dublês", explica.

O vocabulário da tribo dos surfistas também não é tão problemático para Carolina. Principalmente porque várias de suas cenas são com Paulo Vilhena. "Ele é uma ótima referência, sabe tudo de surfe", elogia.

Para Carolina, Três Irmãs é uma espécie de retorno. A atriz estava fora das novelas desde Cobras & Lagartos, em função do nascimento de seu filho caçula. Coincidentemente, o mesmo caso de Cláudia Abreu, que interpreta a "perua" Dora, irmã de Suzana, na novela.

Para Carolina, a volta não poderia ter acontecido em hora melhor. Primeiro, porque conseguiu fazer tudo o que queria no primeiro ano de vida do filho sem assumir compromissos profissionais pesados. E, principalmente, porque garante que não gosta de ficar longe da TV.

"Consegui emagrecer com mais tempo, desmamar na hora certa, curtir meu filho e voltar antes de bater uma saudade maior", avalia.

Créditos: Márcio Maio / TV Press


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