Bianca Castanho não teme reviravoltas na profissão

Desde que começou na televisão, há oito anos, como a doce Florinda em Terra Nostra, ela já mudou de emissora duas vezes. Após três anos na Globo, ficou no SBT de 2003 a 2006, onde interpretou consecutivamente um trio de protagonistas.

Agora, ela estréia na Record em Amor e Intrigas, na pele da designer bem-resolvida Antônia. "Fui feliz nos outros lugares por onde passei e estou feliz agora também. A Record está crescendo, foi uma ótima proposta", conta.

Fora isso, ela explica que já estava cansada de viver na ponte aérea Rio de Janeiro/São Paulo, onde a trama era gravada. Desde que deixou a cidade gaúcha de Santa Maria, em 1998, Bianca nunca mais saiu da capital fluminense.

Em outubro de 2006, assim que acabou Cristal, a Record propôs a Bianca um contrato longo, de quatro anos, e um convite para Caminhos do Coração, que estrearia em 2007. Papel aceito, a atriz já estava com as cenas da personagem Érica em casa para decorar, quando foi avisada de que Edson Spinello, diretor de Amor e Intrigas com quem ela trabalhou em Malhação, havia ganho seu passe. "Foi tudo resolvido entre eles. Acharam melhor que eu entrasse na trama da Gisele Joras, pois na outra seria apenas uma participação", recorda.

Para se preparar para viver Antônia, ela fez como de costume: alugou filmes sobre o assunto e não abriu mão de fazer um laboratório in loco. No caso da designer, Bianca inspirou-se no ambiente retratado em Do Que as Mulheres Gostam, de Nancy Meyers.

Além disso, foi à agência de publicidade Artplan, no Rio de Janeiro, onde passou um dia com a equipe de criação. "Acho que ver de perto o ambiente da personagem é fundamental. Faço isso para todos os trabalhos", conta ela, que no passado visitou clínicas de fisioterapia para viver a Ciça de O Beijo do Vampiro, da Globo, e passou a andar de olhos vendados para aprender a atuar como a cega Esmeralda, na novela homônima do SBT.

Para Amor e Intrigas especificamente, Bianca acha que foi ainda mais importante entrar no mundo de Antônia. Segundo a atriz, a filha do músico Camilo, de Jonas Bloch, e da artista plástica Marília, de Silvia Bandeira, é totalmente diferente dela. "Ela é decidida, extrovertida... O oposto de mim! É bacana poder vivenciar isso, pelo menos profissionalmente. Talvez eu até me torne menos tímida, quem sabe?", brinca, com um sorriso nos olhos verdes.

De tão determinada que é a designer, a atriz duvida que seu romance recém-iniciado com o colega de trabalho Pedro, de André Bankoff, dure até o fim da trama. Como o redator só tem olhos para a mocinha Alice, vivida por Vanessa Gerbelli, acaba recusando vários convites da bela loira.

Ao contrário da maioria das mulheres, Antônia não fica curtindo a ressaca agarrada ao travesseiro, mas irrita-se a ponto se desinteressar pelo rapaz. "Só não sei se ela vai se apaixonar por outro homem, caso desista do Pedro. Na história, todos os personagens são enrolados com alguém", constata. E ainda emenda: "A novela é verossímil, porque o amor na vida real também é assim", completa.

Enquanto Antônia é acelerada, planos na vida de Bianca agora só para depois de Amor e Intrigas. Ela conta que a única vez em que conciliou dois trabalhos foi em 2001, quando atuou ao mesmo tempo na novelinha Malhação e na peça Rei Lear, na qual contracenava com Raul Cortez. "Rotina de novela é imprevisível, o roteiro muda no mesmo dia. Sou caxias, fico angustiada de não poder me dedicar a algo", admite.

Fonte: TV Press