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Autor de Velho Chico faz balanço sobre novela e adianta finais de personagens

A obra, assinada com Benedito Ruy Barbosa, chega ao fim na próxima sexta, dia 30.

por Redação, em 25/09/2016

Bruno Luperi e Domingo Montagner. Foto: Felipe Monteiro/Globo

Para que a emoção transborde em uma cena, a costura entre ator, direção e equipe tem que ser muito bem amarrada. Mas antes de chegar neste ponto da gravação, o texto já deve exprimir tudo, ou grande parte, do que a sequência requer. E este era o papel de Bruno Luperi, autor de Velho Chico. Em sua primeira novela, o neto de Benedito Ruy Barbosa destaca a maneira com a qual narrou esta história e como foi tocado, ao final, pela sensível leitura de seus heróis.

"O desfecho que mais me marcou no momento da escrita foi o de Martim (Lee Taylor) e Afrânio (Antonio Fagundes). A relação dos dois era muito difícil de construir até chegar onde eu me propus. E o primoroso trabalho feito pelos atores aumentou ainda mais a minha responsabilidade", pontua o jovem autor de 28 anos. Bruno ainda completa: "A existência e permanência do grande conflito entre os dois fez com que essa trajetória final me trouxesse muita emoção. Me fez pensar na minha relação com as pessoas e na minha própria vida. É um momento muito bonito, repleto de sensibilidade onde me envolvi muito", adianta ele.

Martim (Lee Taylor). Foto: Globo

Na trama, Martim está a bordo do Gaiola Encantado, e Afrânio segue sem notícias sobre o paradeiro do filho, mas o coronel não vai descansar enquanto não encontrá-lo - ou sentir que o encontrou.

E não para por aí...

Para Bruno, cada trama permitiu com que ele fosse além do que imaginava em termos de abordagem e profundidade de suas temáticas. "Eu me apeguei muito aos personagens, e suas partidas foram me deixando um vazio muito grande desde a primeira fase. Mas, em cada trajetória, mergulhei ainda mais do que pensava que poderia chegar", destaca o autor.

O neto de Benedito ainda ressalta a história de Beatriz (Dira Paes), que tomou uma proporção maior do que esperava. "O caminho dela na política surgiu espontaneamente. O fato de ela se candidatar à prefeitura da cidade e seguir esse rumo. Era algo que eu não previa inicialmente, mas que coube na jornada desta mulher valente que sempre brigou por seus ideais", explica ele, exaltando ainda trabalho da intérprete.

Miguel (Gabriel Leone) e Olívia (Giullia Buscacio). Foto: Reprodução/Globo

Outros dois pontos que Bruno faz questão de mencionar são os desfechos Olívia (Giullia Buscacio) com Miguel (Gabriel Leone) e o de Encarnação (Selma Egrei), que morreu antes do fim da novela. "Os dois jovens vão enxergar na terra uma esperança de um futuro melhor", adianta o autor. E ele completa: "A centenária, por sua vez, me marcou muito por ter tido uma passagem muito bela por ter tido tempo de pedir o perdão daquelas pessoas a quem feriu há tanto tempo".


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