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Superstar 2x03 – Audições, Parte 3

Uma análise do último programa, exibido no domingo (26).

Por: Admin

Jurados se empolgam durante apresentação no SuperStar (Foto: Isabella Pinheiro/GShow)

Infelizmente queridos, por eu não ter visto o programa no domingo a noite por motivos de força maior (colunista também é filho de Deus e tem contratempos), excepcionalmente essa semana teremos uma análise bem mais seca do nosso reality musical favorito do momento (ou não , né?!)

9) Menina Faceira – Te Dar Um Beijo (Michel Teló) – 43% (NINGUÉM VOTOU ‘SIM’)

Como vocês verão mais a frente com Talagaço, não sou nem um pouco musicalmente preconceituoso, mas MEODEUSDOCÉU, QUE COISA MAIS BREGA! Desde os vocais da mulher até a pop-breguização de uma música bastante razoável do Michel Teló. É um tipo de música que faz sucesso concentradamente em locais específicos e uma sonoridade que a primeira vista estranha de algo que a gente já conhece, como Tiaguinho e Sandy disseram (querendo me copiar descaradamente hehe). Mais uma vez, Sandy foi MARAVILHOSA ao cobrar originalidade do grupo que é descaradamente comum. Não deu mesmo.

8) Supercrow – Piece Of My Heart (Jannis Joplin) – 68% (TODOS VOTARAM ‘SIM’, sabe Deus porquê)

Primeiramente, essa música é tão batida, que até eu to cansado de cantar no karaokê. Mas, mais óbvio que isso foi a nítida afetação com que o vocalista levou a canção. Essa performance foi o que eu chamo de caricatura musical, com uma música que não fez nenhum favor a eles musicalmente e levada de maneira a se apoiar nos piores aspectos estereótipos para cantores do tipo. Agora, ou Fernanda Lima é mais sem noção do que eu imaginei até aqui ou ela realmente é uma atriz de primeira (ou seja, é o primeiro caso!). Como já dizia nosso jurado-mor: “Queria ver vocês cantando outro material”; e na nossa jurada maravilha em ascenção: “trabalhem com a afinação”. E com isso, nada mais a dizer.

Obs: Para emocionar, comecem escolhendo uma música melhor.

7) Devir - Rude / Não Chore Mais (MAGIC! /Gilberto Gil) – 90% (TODOS OS 3 VOTARAM ‘SIM’)

A banda Devir conquistou a maior marca da noite com 90% de aprovação (Foto: Isabella Pinheiro / Divuulgação/ TV Globo)

Mais uma mostra do poder do reggae no Brasil, e eu simplesmente adoro. Acho que o reggae é um dos gêneros musicais mais subestimados do Brasil (e porque não do mundo?). Por isso fico muitíssimo feliz de ver esse gênero musical tão querido por mi representado no Superstar. Agora, passadas as partes boas, vamos às críticas. Para mim, ficou muito claro que o grupo foi aprovado mais pelo seu estilo musical do que méritos performáticos. A voz dela é maravilhosa, como bem disse Paulo Ricardo, mas se manteve em uma zona de pouco brilho e que pode (e provavelmente será) ser muito mais bem trabalhada, explorando agudos e falsetes, que possuem um tom áspero que eu amo. Por hora, Devir fica na promessa.

6) Yegor  Y Los Bandoleros  - Corazón Espinado (Maná) – 80% (TODOS VOTARAM ‘SIM’)

Pelo visto, essa é a noite dos clichês! Piece of My Heart, Corazón Espinado… Mas devo dizer que o clima criado por Yegor Y Los Bandoleros foi absurdamente mais crível que os do seus colegas de clichezencia (neologismos,a gente vê por aqui), Supercrow. Por vezes pensei que o fato de eles não terem cantado uma autoral denotava a falta de identidade do grupo (e isso me passa pela cabeça toda vez que alguém canta uma música já conhecida). Qual a minha surpresa ao ver Paulo Ricardo associando YyLB A Supercrow pela música escolhida! E essa conexão mental com os jurados, como fica? Bem, vou ficar aqui sentadinho esperando eles me convencerem musicalmente que não são apenas um grupo de covers.

5) Radio Radar - Times Like These (Foo Fighters) – 70% (TODOS VOTARAM ‘SIM)

É aquele rock internacional que estilisticamente a gente adora, mas que não empolga tanto porque tem brasileiro que não consegue empolgar cantando em inglês, por mais que tente. Foi uma performance muitíssimo bem executada e apesar das minhas reservas com o vocalista, foi empolgante, mas acredito que tenha sido mais em relação à música do que qualquer outra coisa. Como muito bem disse Sandy, eles mostraram bastante segurança e por isso, acredito que fizeram por merecer a vaga garantida. Mas só por curiosidade, quero ouvi-los cantando em português, pois acredito que ele será uma performance incrível!

4) Talagaço – Deixa Ele Beber (Autoral) – 59% (Tiaguinho votou “sim”)

Me julguem a vontade, mas curti essa vibe forró sertanejo, que eu cresci escutando (nem sempre por vontade própria) e que respeito. Dentro do gênero, é uma baita música e que certamente já seria sucesso se gravada por uma banda mais reconhecida. Toda a vibe, a atmosfera criada foi muito condizente com o estilo deles, e vou usar a palavra de Tiaguinho: “radiofônica”. Ao contrário de Sandy adorei bastante a apresentação deles, mas entendo as restrições do Brasil como um todo a esse tipo de música. Agora Paulo Ricardo(sempre ele), deu uma explicação mais interessante a respeito da votação. Realmente, a música apesar de boa, é melodicamente e liricamente clichê e concordo que falta originalidade ao grupo, mas se eles pretendem construir realmente a identidade musical que descreveram no VT, eles precisam de mais um tempo para amadurecer.

3) Lucas e Orelha – Presságio (Autoral) – 86% (TODOS VOTARAM ‘SIM’)

A primeira impressão que tive deles foi que tanto vocalmente quanto musicalmente eles são bons, mas ainda tem bastante espaço para amadurecimento e crescimento. Não foi nem um pouco injusto eles avançarem na competição, principalmente tendo em vista toda a comercialidade deles, mas nada me tirou a ideia de que faltou maturidade. E foi quando Paulo Ricardo (contem quantas vezes tive que escrever esse nome aqui) disse “Claudinho e Buchecha” que me toquei que ambos eram uma versão jovem dos dois. E concordo muitíssimo com Sandy também quando disse que eles eram nitidamente influenciados pelo soul, pelo R&B e tinham um jeito pop e jovem de envolver o público, o que sempre conta pontos a favor! Prevejo um grande futuro para eles no programa.

2) SCAMBO – Depois de Ver (Autoral) – 84% (TODOS VOTARAM ‘SIM’)

Chega a ser incrível como achei comercial essa música comercial. Juro que consigo ouvir na rádio. Achei que havia um excesso de letra, o que muitas vezes não casava com o tempo, mas isso foi problema secundário depois que eu já estava até imaginando como se daria o clipe dessa música (sim, eu fui longe assim). Vocalmente, não vi nada demais, como muitos grupos desse ano, mas assim como Fernanda Lima, eles me ganharam pela musicalidade extremamente original, e com potencial para preencher um espaço vazio no mercado atual. Incrível como Tiaguinho praticamente disse a mesma coisa que eu. Mas Paulo Ricardo, apontou (muitíssimo corretamente) para a fusão de gêneros (coisa que eu amo por natureza) e ainda apontou alguns problemas que mais ou menos passam a mesma ideia. Agora, Sandy simplesmente me surpreendeu completamente ao pontuar que o estilo alternativo deles pediu um pouco linearidade, algo que eu sempre noto, mas deixei passar dessa vez. EITA BANCADA BOA ESSA! No mais, acredito que indo longe ou não no programa, eles podem fazer muito sucesso Brasil afora.

1) Serial Funkers  - A Batida do Coração (ORIGINAL, MAS NÃO AUTORAL) – 82% (TODOS VOTARAM ‘SIM’)

Serial Funkers fechando a noite da terceira Audição do SuperStar (Foto: Isabella Pinheiro/TV Globo)

Gente, como pode um nome de banda tão bacana e um nome de música tão comum, tão qualquer coisa. Bem, ficou bem claro que o funk deles é mais parecido do funk americano do que do brasileiro, o que não é nem um pouco ruim. Tivemos aqui um tipo musical relativamente escasso no Brasil sendo magistralmente defendido por um vozeirão daqueles, que me ganhou pelos falsetes (sempre eles). Foi linear? Foi, claro, mas muito longe disso me incomodar. Principalmente, porque tinha tanta coisa boa no palco para nos concentrar. Gostei que PR nos remeteu a Tim Maia, o que é realmente quem eu imaginei ao vê-los no palco.

Obs: Muitíssimo curioso pra ver o samba tomar conta deles daqui pra frente.

Bem galera, foi isso. Foi a noite de audições mais morna até agora, mas não descarto a possibilidade de um dos grupos aí de cima tomarem conta do jogo mais a frente! Interessante como essa noite se destacou mais pela originalidade do que pela excelência dos grupos. Mas eu não poderia me despedir sem dar crédito a quem merece: SANDY CONCORRENDO SERIAMENTE COM PAULO RICARDO PARA VER QUEM DÁ OS MELHORES FEEDBACKS.

Se semana passada eu disse que a cantora do eterno “Vamo Pular” era o elo fraco da bancada, esse posto passou a ser de Tiaguinho com uma larga distância. Sandy, além de ter se mostrado a fofa da bancada, também mostra ter conhecimento de vida e de carreira suficientes para ocupar a cadeira que ocupa. Sabe criticar com jeitinho, e mais ainda dar sugestões pra lá de pertinentes. Se continuar assim, vou ter que dedicar um post inteiro só para ela (o post só de Paulo Ricardo já está encomendado, relaxem!)

Bem pessoal, a partir da próxima semana, a coluna será atualizada todas as segundas-feiras. Espero vê-los aqui acompanhando essa delícia de temporada que o Superstar vem construindo! Até mais!


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