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Geração Brasil: Quanto mais mexe, pior fica!

As chamadas de Império despertam o interesse e animam os noveleiros de plantão.

Por: Jeferson Cardoso

A novela, que apostei minhas fichas, é a pior em exibição. A trama – assinada por Felipe Miguez e Izabel de Oliveira – é muito ruim. Talvez, por não gostar da sinopse ou estilo, esteja exagerando.

Geração Brasil, pra mim, é fraca, sem graça, e não tem cara de novela das sete. Parece uma Malhação.  

Por audiência, assim como Além do Horizonte, Geração Brasil teve sua sinopse alterada. Com mudanças, a primeira ficou intrigante, e a segunda broxante.

Acompanhei alguns capítulos da novela, e conclui que Além do Horizonte foi maravilhosa.

Não há salvação para Geração Brasil. Não funcionou, e demoraram muito para aplicarem as mudanças necessárias. A culpa não é da Copa. Influencia, mas não é a grande vilã. O erro é da Globo, autores e direção. A Globo pela aprovação de uma sinopse fraca; os autores por repetir os erros de novelas fracassas como Tempos Modernos; e a direção pela escalação equivocada.

Ainda com média de 21 pontos, um ponto a mais que a antecessora, Geração Brasil tem tudo para se igualar ou superar o recorde negativo do horário das 19h. Daqui a um mês, com o circo (horário político), ela será exibida mais cedo, às 19h. Coitada.

A Globo deveria adiantar o fim de Geração, evitando que a sucessora seja lançada em vespéra de fim de ano. Enfim, estou reclamando à toa. Desanimado com as próximas novelas das sete, pra mim tanto faz o fracasso de Geração Brasil. As sucessoras terão um desempenho ainda pior. Para nós telespectadores o que importa mesmo é a história, e tanto a sinopse de Alto Astral e quanto a de Lady Marizete não me agradam.

Por quê?

Por que as novelas da Globo perderam qualidade nos últimos anos? Por que a direção artística aprova sinopses fracas mesmo sabendo que... Por quê? Porque não tem concorrência. A Record morreu. A emissora que já foi ameaçada para a Globo, hoje é motivo de chacota do SBT.

Infelizmente, sem concorrência, a Globo não está tão preocupada em agradar, e dificilmente teremos novelas como as de antigamente. A sorte que ainda temos autores como Aguinaldo Silva, João Emanuel Carneiro, Walcyr Carrasco que se preocupam com qualidade, mas que prezam a audiência (o público).

Em um mês, a Globo estreará a sua nova safra de novelas. Uma atrás da outra. Dia 14; O Rebu e Malhação; dia 21, Império; dia 28, Cobras & Lagartos; e dia 4/08, Boogie Oogie.

Chamadas interessantes

As chamadas de novelas não me influenciam mais. Já me decepcionei com várias. O que interessa mesmo é o capítulo no ar.  De fato, a divulgação de Império está surpreendente.  Fiquei impressionado, e empolgadíssimo, com a chamada de Cora (Drica Moraes).  E só.

O poder do dinheiro, do amor, da vingança, da beleza. Quem tem acha que pode tudo. Poder é o que todos vão querer. Império, sua nova emoção das nove.

Império será um sucesso, quanto a isso não tenho dúvida. Não espero por extraordinários índices de audiência. Sei do estrago que Em Família fez no horário das 21h.

Aguinaldo Silva, o Mago das 21h, está prometendo um "Novelão". Se verdade, como fã, agradecerei e louvarei.  Espero realmente que seja um novelaço.

Outro "novelão"?

Prepare a sua sala. A discoteca voltou. Vem aí Boogie Oogie, a sua nova curtição das seis. Veja o teaser:

Em seu estreia no Brasil, o autor português Rui Vilhena promete um novelão, com mistério e drama. A história de Boogie Oogie se passará nos anos 70 e seguirá a vida de duas garotas trocadas na maternidade vividas por Isis Valverde e Bianca Bin.

Jura?

A direção da Record percebeu que a Copa atrapalhou a audiência de Vitória. Vamos rir? Não, vamos chorar. Parece piada, mas não é.

Penso que a Record se sairia melhor se estivesse no comando de um fã. Qualquer um, em sã consciência, jamais estrearia a novela no período de Copa do Mundo.

Agora é tarde. Pode fazer pesquisa e relançamento que audiência seguirá aquém do esperado.

Para driblar a baixa audiência e despertar a atenção do telespectador, Vitória teria que começar do zero. Foi o que Carlos Lombardi tentou fazer com Pecado Mortal, quando teve seu horário alterado para as 21h. Não deu certo.

Vitória não é perfeita, tem sim seus defeitos, entretanto, o problema maior é a Record, que está em má fase. A novela é boa, mas exibida no horário errado e na emissora errada.

A Record não deveria ter colocado Cristianne Fridman às 21h. Não pela audiência, e sim por respeito e consideração.

Não sabe de nada

Em entrevista para o jornal O Dia, Manoel Carlos fingiu não saber da audiência de Em Família, tão pouco dos problemas internos, como o afastamento do diretor e ataques de estrelismo de Gabriel Braga Nunes.

Sobre os 29,4 pontos de média de seu "novelão", ele disse: "Estou lendo esses dados pela primeira vez. Se forem verdadeiros, essa perda de 1,5 milhão de pessoas deve-se ao fato dessas pessoas não gostarem da novela. As pessoas têm o direito de não gostarem".

Sabe de nada, inocente.

Qual o objetivo?

Carlos Henrique Schroder e Manoel Martins, a dupla que destruiu o padrão globo de qualidade.

Desde que Schroeder assumiu a direção geral da Globo, a emissora não é mais a mesma.  A teoria dele é de que uma emissora deve se preocupar apenas com a qualidade, e que a audiência é consequência. O fato é que a qualidade da Globo passou a ser questionada e audiência minguou.  

Hoje, a grade de programação da Globo é flexível, sem horários fixos. Daqui a pouco, a novela das nove começa às dez.

Ainda serei surpreendido com a direção de Schroeder. Ele ainda não atingiu seus objetivos.

Vergonha

Perdida, a direção da Record ressuscitará a minissérie José do Egito. A divulgação trata a produção como se fosse uma exibição inédita. A emissora preza a reprise e ignora a inédita Vitória. Sem comentários. Sendo sincero, fica a torcida para que José do Egito alcance péssimos índices de audiência.

Agora vai?

O Canal Viva informa que Pecado Capital, de 1998, substituirá História de Amor. A trama escrita por Gloria Perez seria reprisada no ano passado, mas teve sua exibição suspensa.

Hoje, com uma audiência consolidada, a emissora não teme mais as críticas e perseguições de uma minoria ou maioria, que aprova ou ignora suas escolhas. 

O Canal Viva já se rebaixou algumas vezes. Recentemente, a emissora se viu obrigada a trocar o horário de exibição de A Viagem e reprisar Dancyn Days às 0h. O tiro saiu pela culatra. A enésima reprise da trama de Ivani Ribeiro, certamente, teria muito mais repercussão que versão compacta da "horrorosa" novela de Gilberto Braga.

Concordo com a decisão do Viva. É preciso saber quem ouvir.  Essas campanhas que existem na Internet funcionam como um vírus. A maioria das pessoas que é contra ou a favor da exibição de uma novela não é telespectador. Boa parte daqueles que participou da campanha contra a volta de A Viagem sequer está acompanhando Dancyn Days.

O Viva tem um público diferenciado. Não é o mesmo da TV aberta. Pecado Capital não foi sucesso, mas é sim uma boa opção.

Após o Mundial...

A Band deveria aproveitar o impulso da Copa e manter um esportivo diário na faixa das 21h30. É uma opção para a faixa. 

Falando nisso...

Segundo o Ibope, os jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo mantém uma média de 35 pontos na Globo; 10 na Band; e 5 na TV por assinatura (Band Sports, Fox Sports, ESPN Brasil, SporTV). Tá bom, acredito.

É isso. Fico por aqui. Antes, peço desculpas pela ausência. A partir de agora estarei mais frequente. Que sejamos surpreendidos com Boogie Oogie, O Rebu e Império.

Gostaram do teaser de Boogie Oogie ? E das chamadas de Império? O que a Globo e Record deveriam fazer para salvar Geração Brasil e Vitória?

Abraços, e até a próxima. ;)


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