O Planeta TV

Boogie Oogie não é tudo isso que falam!

E mais: Vitória, da Record, parece ter encontrado o rumo certo.

Por: Jeferson Cardoso

Há muito tempo não me empolgo com início de novela. Não criei expectativas com Império, Vitória e Boogie Oogie. A trama de Aguinaldo Silva me surpreendeu nos capítulos iniciais, e, por enquanto, me mantém empolgado. Fiquei frustrado com os primeiros capítulos de Vitória, mas, hoje, estou curtindo. Já Boogie Oogie foi o inverso. Não gostei do capítulo de estreia. Nada me convenceu.

Pra mim, a queda do avião e o primeiro encontro de Rafael (Marco Pigossi) e Sandra (Isis Valverde) foram forçados, e nada convincentes. Na discoteca, as dancinhas tinham passes ensaiados. A estreia foi seca, sem grande emoção. Só comecei a gostar da novela no capítulo seguinte.

A sinopse da novela é a ideal para o horário das seis. A história central consiste na troca de bebês, onde a mocinha é trocada pela vilã na maternidade. Um tema convencional, mas interessante. Rui Vilhena faz uma boa estreia na Globo. Os capítulos são bem escritos, desenvolvidos e com ganchos. Algumas cenas, infelizmente, são superficiais, mas tudo bem.

O elenco é muito bom. Destaco a evolução de Bianca Bin. A trilha sonora é impecável, já que foi trabalhada para chegar o mais próximo possível do universo da década 70.

Boogie Oogie é novela de época, mas não parece. Há alguns equívocos, como shopping e figurinos modernos, e até uso de objetos que surgiram apenas nos anos 80.

Sinto que o problema de Boogie Oogie é mais com a direção e figurino. São detalhes bobos, mas que prejudicam a obra.

Com ajustes e bom ritmo, Boogie Oogie deve manter a atenção do telespectador. Antes precisa passar emoção e convencer.  

A audiência, de 19 pontos, é considerada razoável. Pena que o circo (horário político) e horário de verão prejudicarão o seu desempenho.

O que importa, na verdade, é que tenha história. Que empolgue!

Boogie oogie, por enquanto, uma novela nota 7.                

O diretor adjunto, o diretor adjunto!

Vitória não é a melhor novela de Cristiane Fridman, mas é boa e não merece a audiência de 5,5 pontos. Infelizmente, a Record não trata esse folhetim como ela de fato merece. O horário de exibição é ingrato e não se vê divulgação. Enfim, chega de blá blá blá.

Desde o meu último comentário, há mais de um mês, Vitória mudou bastante. O tom mexicano foi deixado de lado, e ficou mais parecida com uma novela convencional, bem agradável. Nos últimos capítulos, revelou-se a identidade de Iago; Bárbara confessou ser uma policial infiltrada no núcleo neonazista, que está prestes a ser desmascarado. Outros temas também começaram a ser apresentados, como a doença de Zuzu, que sofre de mal de parkerson. Esse drama, por sinal, está sendo muito bem apresentado. Lucinha Lins, como sempre, arrasa.

Vitória tem ótimos vilões, mas não consegue emplacar o casal de protagonistas (Artur e Diana). O núcleo principal virou coadjuvante. Eu, como telespectador, gostaria de torcer pelos heróis, mas não consigo acreditar na ingenuidade de Artur, e tão pouco nos sentimentos de Diana.

Às vezes, o texto soa fraco e fica repetitivo. Não aguento mais os personagens citaram o Paulão como diretor adjunto.

Vitória, como qualquer novela, tem seus altos e baixos. Teve um primeiro capítulo confuso, depois melhorou, empolgando com a apresentação de seus vilões; oscilou, enrolou. Hoje, com praticamente 60 capítulos no ar, parece ter encontrado o rumo certo e aparenta ter fôlego para os próximos meses. Seguirei acompanhando e comentando.

Vitória, por enquanto, uma novela nota 7.

Téo, a Personagem de Império!

Drica Moraes e Lília Cabral estão ótimas, é verdade. São atuações incontestáveis. Até então, Cora e Maria Marta eram minhas personagem favoritas. Passado, não é mais. Pelo menos, por enquanto.

Pra mim, quem está roubando a cena e dominando os capítulos de Império é Téo Pereira, interpretado por Paulo Betti. Que cena foi aquela do Robertão (Rômulo Arantes Neto) fazendo strip-tease para o blogueiro? Diversão pura! Chorei de rir!

Estou me divertindo demais com Império. No quesito humor, não tenho do que reclamar. A novela, no entanto, precisa sair do lugar e fazer com que suas vilãs realmente despontem.

Maria Marta tem falas maravilhosas, é uma personagem forte. No entanto, está ficando chata. Cora, a vilã que muitos esperavam, virou figurante de luxo com seu sarcasmo.

Império é uma boa novela, mas ainda estou aguardando o novelão prometido, com viradas a cada capítulo. Não está muito longe disto. Nessa altura, Aguinaldo Mago Silva já percebeu o que deve (ou não) ser ajustado. Portanto, é só questão de dias. Assim espero. 

Império, por enquanto, uma novela nota 8.

Ibopinho, Ibopão!

Os números do Ibope são responsáveis pelo rumo seguido por grande parte da programação das emissoras e pelo destino de bilhões que são aplicados todos os anos em publicidade na TV.

Os índices de audiência pouco importam para nós telespectadores, só que sempre gostei de analisá-los. Óbvio que, hoje em dia, esses números não devem ser tratados como antigamente. Estamos presenciando um momento de transição, e fica complicado apontar o que é sucesso ou fracasso. Enfim, estou ciente da nova realidade. Sugiram as novas mídias, mas a verdade é que a TV aberta, no geral, tem perdido qualidade. É melhor aceitar, dói menos.

Falando em números...

O horário político, em seu primeiro dia, fez estrago. A Globo, por ter um público maior, foi a mais prejudicada. A emissora teve que antecipar, em quase meia hora, o horário de exibição de Malhação, Boogie Oogie e Geração Brasil. Confira as prévias:

Malhação - 12
Boogie Oogie - 15
Geração Brasil - 19
Império - 30 (fez milagre, pois recebeu com 15)
Chiquititas- 10 
Rebelde - 4
Vitória - 5

*Esses números podem sofrer alterações de até dois pontos (para mais ou para menos no consolidado) no consolidado.

A tendência é piorar, principalmente nos dias de sábado. Está amarrado!

E depois que o circo (horário político) acabar, vem o horário de verão. Xiiii...

As tardes da Globo: o que fazer?

No período da tarde, as emissoras de TV aberta não conseguem mais segurar a atenção do telespectador (grandes descobertas brasileiras!!!). Na Globo, por exemplo, o Video Show e a Sessão da Tarde estão na corda bamba. Os demais programas (Jornal Hoje e Malhação), acredito, estão com bons índices para os dias de hoje. Não acho tão ruim a média de 14/15 pontos de Malhação. Que outro programa conseguiria manter esses índices? Concordo que a trama teen esteja desgastada, mas é tradição, tem um público fiel.   

O desempenho de Cobras & Lagartos, por enquanto, não é problema. As antecessoras também começaram entre 11 e 12 pontos. Não concordo com a reapresentação de novelas muito antigas; para isso tem o Canal VIVA. Uma possível re-reprise de Alma Gêmea seria decretar o fim Vale a Pena Ver de Novo, que há um bom tempo não vale nada.

Já o Vídeo Show...  É complicado. Mas sou defensor de sua continuidade. Deveria apenas reduzir o tempo de exibição, evitando as "reportagens desnecessárias".

A Sessão da Tarde, mais cedo ou mais tarde, sairá do ar. Provavelmente, deve ser substituído por um programa de entretenimento/jornalismo. A atração poderá ter a audiência questionada, mas garantiria lucros à Globo. Esse é objetivo.

Não segui o formato planejado para a coluna, pois me estendi. O importante é que foi atualizada. Hahahahaha

Então, estão curtindo Boogie Oogie? Acompanham Vitória? Assustaram com os números do primeiro dia do circo? E o Vídeo Show, como proceder?

Obrigado a todos pela compreensão. Não deixem de comentar. Até já!


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